“A governadora disse que a candidatura de Rafael Motta é para ajudar a candidatura de Rogério Marinho”, declarou o pré-candidato ao Senado Federal Carlos Eduardo Alves (PDT), nesta sexta-feira 15, ao afirmar que Fátima Bezerra (PT) disse que a pré-candidatura do deputado federal do PSB tem o objetivo de “ajudar” o ex-ministro, que é pré-candidato ao mesmo cargo.
“Quando a governadora fala assim, quero me reportar a esse processo de escolha das candidaturas, no caso, a minha candidatura ao Senado da República. A governadora, depois de me convidar para ser o candidato a senador na chapa com ela, candidata à reeleição, foi conversar com todos os partidos aliados, inclusive com o PSB de Rafael Motta. Naquela oportunidade da consulta, o deputado e o PSB não manifestaram nenhum desejo de disputar o Senado”, explicou, em entrevista à Rádio Rural de Mossoró.
Carlos Eduardo reforça a tese de que o deputado federal resolveu entrar na disputa eleitoral apenas para beneficiar Rogério Marinho, candidato de Bolsonaro no Rio Grande do Norte ao Congresso. “Isso fique muito claro. Nós precisamos ganhar e precisamos derrotar o bolsonarismo, com Rafael e tudo”, ressaltou.
Segundo o ex-prefeito de Natal, sua candidatura ao Senado Federal conta com o apoio de todos os partidos aliados à governadora Fátima Bezerra, com exceção apenas do PSB. “Nós formalizamos a aliança com a consciência de que houve um processo democrático em que se respeitou todos os partidos. Todos tiveram audiência, participaram. Não pode haver mudança depois de tudo isso acontecido”, finalizou.
Ele criticou a postura adotada por Rafael Motta, que decidiu oficializar sua pré-candidatura após o PT potiguar ter referendado que o candidato oficial é Carlos Eduardo Alves.
“Aí a governadora formalizou as consultas e fechou a chapa e foi conversar com o presidente Lula em São Paulo e com o diretório nacional do Partido dos Trabalhadores. A governadora foi lá e disse que falou com todos os partidos: o PV, PSD, PV, PCdoB, Republicanos, PDT e PSB. Todos estão de acordo com a nossa candidatura à reeleição e Carlos Eduardo Alves ao Senado. Lá recebeu as bênçãos e apoio do presidente Lula e do diretório nacional do PT”.
E continuou, “quando ela volta, é surpreendida com Rafael Motta dizendo que era candidato ao Senado. A governadora se chateou. Se ele era candidato, por que não disse na época da consulta? Porque era legítimo ele dizer na época: ‘não me interessa essa candidatura, porque o PSB vai me lançar’. Então, depois de concluído todo esse diálogo, toda essa participação democrática, aí ele aparece candidato? Depois de tudo feito, aliança formalizada, você aparece candidato?”, questionou em entrevista a Rádio Rural de Mossoró, nesta sexta-feira 15.