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Agente penal que matou tesoureiro do PT recebe alta e aguarda transferência para a prisão

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O agente penitenciário federal Jorge Guaranho deve ser transferido para o Complexo Médico Penal, na cidade de Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Ele é réu no assassinato do guarda municipal e tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, ocorrido no dia 9 de julho em Foz do Iguaçu (PR).

Guaranho recebeu alta nesta quarta do Hospital Ministro Costa Cavalcanti, onde estava internado em Foz, sob custódia policial, por estar em prisão preventiva decretada pela Justiça. O juiz da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, Gustavo Arguello, negou por duas vezes o pedido de prisão domiciliar feito pela defesa de Guaranho, alegando cuidados especiais aos quais o cliente ainda necessita durante a recuperação.

Entre os argumentos relatados pelo juiz Gustavo Arguello para negar a prisão domiciliar, estão a de que o réu possui personalidade “conflituosa, beligerante e intolerante”. Além disso, o assassinato ocorrido em ano eleitoral contrapõe a liberdade de escolha na hora do voto. O magistrado ainda argumentou, dizendo que o fato de Jorge atirar diversas vezes “indica audácia do agente e desconsideração com a vida das vítimas secundárias”.

Jorge Guaranho foi denunciado por homicídio duplamente qualificado, por motivação fútil e por colocar em risco a vida das pessoas. De acordo com os promotores Luiz Marcelo Mafra e Tiago Lisboa, embora não haja embasamento jurídico para qualificar o crime como político, a motivação dele se deu por divergências político-partidárias.

Na manhã desta quarta, antes de Guaranho receber alta, familiares e amigos de Marcelo Arruda realizaram um protesto pacífico em frente ao hospital. Entre os manifestantes estavam a companheira de Marcelo, Pamela Suellen Silva e o filho mais velho do guarda municipal, Leonardo, de 26 anos. Eles carregavam cartazes que lembravam 1 mês do assassinato e pediam por justiça.

O Complexo Médico Penal para o qual Jorge Guaranho será transferido, também recebeu presos da Operação Lava-Jato. A reportagem do Estadão entrou em contato com a defesa do policial penal, mas não teve retorno.

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